A alopecia androgenética feminina é uma condição comum que afeta muitas mulheres em todo o mundo. Também conhecida como calvície feminina, é caracterizada pela perda progressiva de cabelo, principalmente na região central do couro cabeludo.

O que é a Alopecia Androgenética Feminina?

Alopecia Androgenética é uma condição de perda capilar utilizada tanto para homens quanto para mulheres, onde “andro” significa uma etiologia hormonal e “genética” refere-se à contribuição hereditária.

A Alopecia Androgenética Feminina é uma forma de perda de cabelo que ocorre em mulheres, geralmente devido a fatores hormonais. Ao contrário dos homens, que frequentemente desenvolvem uma área de calvície na parte frontal ou no topo da cabeça, as mulheres com Alopecia Androgenética Feminina tendem a apresentar uma perda de cabelo mais difusa na região central do couro cabeludo, enquanto a linha frontal do cabelo geralmente é mantida.

Diagnóstico

O diagnóstico precoce é muito importante para impedir a progressão da doença. Geralmente, o diagnóstico é feito clinicamente por um Tricologista. Contudo, um exame clínico completo e um exame da sangue podem revelar outros sinais de hiperandrogenismo.

O exame de Tricoscopia Digital realizado pelo Tricologista mostra a típica miniaturização dos fios, ou seja, o profissional consegue observar que está ocorrendo um processo de afinamento progressivo dos fios, já que muitas mulheres que tem a Alopecia Androgenética não experimentam queda de cabelo excessiva, mas percebem que estão ficando com menos cabelos, e isso se deve ao fato do volume ir diminuindo ao longo do tempo devido ao afinamento progressivo.

Qual é a causa?

A Alopecia Androgenética é mais comum entre as mulheres que estão na menopausa, porém atualmente muitas mulheres mais jovens tem sido acometidas.

Os estudos mostram que a mulher que desenvolve a calvície tem maior sensibilidade aos hormônios androgênicos chamados de dihidrotestosterona (DHT), são hormônios que estimulam o desenvolvimento de características masculinas, e 5-alfa-redutase tipo II, que é uma enzima importante na conversão de testosterona em DHT na bainha externa da raiz do cabelo.

O DHT provoca a miniaturização dos folículos capilares e consequentemente o afinamento progressivo dos fios, além disso também estão envolvidos fatores ambientais e o uso de anabolizantes, por exemplo.

A Alopecia Androgenética também provoca um processo inflamatório crônico no couro cabeludo contribuindo ainda mais para a perda de cabelo.

Ciclo de crescimento normal x Ciclo de crescimento da Alopecia Androgenética

O ciclo normal de crescimento do cabelo consiste em quatro fases: anágena (fase de crescimento); catágena (fase de desprendimento do fio); telógena (fase de repouso); e exógena (fase de queda do fio).

Aproximadamente 80-90% dos folículos estão na fase anágena (fase de crescimento), e a cada dia cerca de 100 folículos estão na fase exógena (fase de queda do fio). Este processo fisiológico leva ao desenvolvimento de grandes fios capilares (com espessura maior, mais fortes).

Já na Alopecia Androgenética, os folículos capilares passam menos tempo em estado anágeno (crescimento) e são miniaturizados (bem fininhos e curtos).

Tratamentos

Atualmente, existem vários tratamentos que demonstram ser eficazes, apesar de ser um pouco difícil de tratar a Alopecia Androgenética devido à sua natureza crônica e à interação de fatores genéticos e ambientais.

Porém, vou citar alguns tratamentos terapêuticos que mais proporcionam resultados satisfatórios, que são realizados em clínica por um Tricologista. No próximo post falarei de ativos de uso tópico e oral.

Contudo, deixo claro que cada pessoa reage de formas diferentes a cada tratamento, por isso, sempre converse com o seu Tricologista para entender qual é o melhor método de tratamento para você.

Tratamentos clínicos disponíveis e mais procurados para tratar a Alopecia Androgenética Feminina:

Fotobioestimulação com luz de baixa potência: esse tipo de tratamento foi relatado pela primeira vez na década de 1960, quando o crescimento do cabelo foi observado em ratos expostos a lasers de baixa potência. Desde então, esse tratamento tem sido utilizado para tratar diversos tipos de alopecia.

O mecanismo proposto é que os fótons emitidos pela luz de baixa potência, que pode ser laser ou LED, aumentam a produção de ATP (energia dentro das células), também aumentam a proliferação celular e vasodilatação.

Microagulhamento: O microagulhamento é um procedimento minimamente invasivo em que pequenas feridas na pele do couro cabeludo são induzidas com pequenas agulhas, resultando na liberação de fatores de crescimento derivado de plaquetas. Esses fatores promovem a angiogênese e a cicatrização de feridas e revertem quadros de fibrose.

Além disso, as feridas induzidas formam canais para melhorar a absorção de tratamentos tópicos, como os tônicos e ativos estéreis que são aplicados no momento do procedimento.

Intradermoterapia ou mesoterapia: É uma técnica em que se utiliza uma seringa e agulha bem fininha e pequena para aplicar diretamente no couro cabeludo vitaminas e medicamentos. A diferença está na escolha dos ativos que serão aplicados no couro cabeludo, por isso é super importante buscar por profissionais que sejam capacitados e entendam o caso individual para definir quais ativos serão injetados.

Além disso, é muito importante que o profissional saiba a forma correta de injetar esse ativos no couro cabeludo, caso contrário, poderá causar danos permanentes ao couro cabeludo.

Conclusão

A Alopecia Androgenética Feminina é uma condição comum que afeta muitas mulheres, causando perda progressiva de cabelo.

Embora não haja uma cura definitiva, existem opções de tratamentos disponíveis para retardar a progressão da perda de cabelo, estimular o crescimento capilar e melhorar a aparência estética dos fios.

É fundamental buscar orientação profissional para receber um diagnóstico adequado e discutir as opções de tratamento mais adequadas ao seu caso.

Lembre-se de que cada pessoa é única, e o tratamento ideal pode variar de acordo com suas necessidades individuais.

Com o suporte adequado, é possível gerenciar a Alopecia Androgenética Feminina e manter uma autoestima e cabelos saudáveis.